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Nanna fala sobre as letras de Beneath the Skin

  • omambr
  • 1 de nov. de 2015
  • 3 min de leitura

O site Pure Volume publicou recentemente uma entrevista com a Nanna. Na realidade, parte dessa entrevista já tinha sido publicada pelo Examiner e você pode conferir aqui A parte inédita segue traduzida abaixo:

Suas canções sempre tem enredos fantásticos, como na canção de emponderamento "Humans". Na verdade, com este álbum, nos queríamos ir para um lado mais pessoal. Eu quero dizer, estamos sempre contando histórias. E para todos os compositores eu acho que é sempre sobre contar histórias. Mas em "Human", é o estado onde você meio que está em um pesadelo, onde você está tendo um sonho realmente ruim. É o estado real de estar em um pesadelo.

Você costuma ter pesadelos? Sim. Na verdade, eu tive um no ônibus essa noite. Eu às vezes tenho pesadelos. Mas, apesar disso, eu geralmente não costumo ficar com medo. Eu fico tipo, "um pesadelo? Legal!" Eu não consigo lembrar do que tive essa noite, contudo. Mas eu sei que foi meio estranho. Havia essas figuras assustadoras e essas coisas mas que não consigo me lembrar. Só me lembro de acordar e pensar "Oh, merda!"

Você escreve seus pesadelos num diário? Sim, sim. Eu tenho essa regra de tentar acordar e escrever as coisas, então eu mantenho um caderno na minha cama. E sempre que eu tenho um sonho que se destaca, eu escrevo imediatamente, às vezes até no meio da noite. E é muito legal, porque você se lembra muito mais detalhes dessa forma, diferente dos momentos que você fica tipo "Eu tive um sonho incrível! Mas não consigo lembrar!"

Ou como naquele ótimo episódio de Seinfeld, você rabisca algo no meio da noite, mas no dia seguinte não consegue entender o que escreveu. Rá! Ah sim! Isso acontece também. Nessas noites que você não consegue esperar pra voltar a dormir.

Outra referência que aparece em "Beneath the Skin" é agua, o oceano. - que, se você parar pra pensar, é basicamente o que cerca a Islândia, certo? Sim. Totalmente. E é estranho – essa palavra simplesmente grudou na nossa cabeça. Quando voltamos pra casa e começamos a escrever este álbum, eu não conseguia parar de escrever "água". Continuava voltando. Em todas as músicas, enquanto tentávamos escrever as melodias e essas coisas, eu sempre dizia "água". E "tempestade" também. Eu não sei porquê – simplesmente pensamos nessas palavras e nos fixamos nelas.

Sobre o que "Empire" fala? "Empire" foi uma das difíceis. Nós tivemos um momento muito complicado escrevendo a letra dessa. Levou muitas tentativas, porque nós queríamos que contasse uma história um pouco obscura, e simplesmente não conseguíamos atingir este ponto. Então há muita força elementar nessa canção, ficar de pé onde você possa sentir o oceano, e neste momento de ficar em algum lugar, você está sozinho, com os dentes tremendo e tudo mais. Mas eu acho que no refrão, fica mais estimulante. É meio que sobre essas coisas de um relacionamento, de certa forma, dizendo que as coisas funcionam no final. Ou que vale a pena no final, sobre construir algo em direção... em direção à um "império", saca?

E depois na última faixa o oceano reaparece em "We Sink" Sim. E essa é provavelmente a única canção política que já fizemos. E enquanto estávamos fazendo ela, nós estávamos conversando sobre a natureza. E eu poderia continuar falando sobre isso o dia todo, mas há muita falta de respeito com a natureza atualmente.

Bem, se a humanidade tem se auto-condenado para a extinção, a Islândia é um dos únicos países que já percebeu isso, e está lutando ativamente contra isso. Eu sei. Mas ainda é pouco. Nós entendemos, mas eu acho que o governo não entende muito. Mas mesmo assim, teve todo um outro sentido pra mim um dia desses. Estávamos no palco, e estávamos tocando, e estávamos cantando a letra. E eu de repente tive essa revelação, que também pode ser sobre o que tem acontecido na Síria, ou estado de nós assistindo essas coisas horríveis que têm acontecido, onde as pessoas estão vindo para a Europa e se afogando no mar, e você se sente inútil e sem esperanças. E as pessoas fechando as fronteiras e não demonstrando empatia. E quando eu tive esse pensamento na minha cabeça, eu fiquei tipo "Puta que pariu!" e a música simplesmente teve todo um novo significado pra mim.

As canções podem às vezes se tornar muito mais do que o próprio compositor pretendia. Sim, e eu adoro isso. Essa canção pode vir a ter um significado completamente diferente conforme o tempo passa.

 
 
 

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