Brynjar vai "por dentro da pele" do novo álbum do Of Monsters and Men
- omambr
- 11 de out. de 2015
- 3 min de leitura

Depois de sua formação em 2010, a banda islandesa de folk-pop Of Monsters and Men se tornou um sucesso internacional apenas um ano depois com o primeiro single, "Little Talks", de seu álbum de estreia, My Head Is An Animal. O álbum manteve o quinteto na estrada por boa parte dos dois anos seguintes, incluindo performances no Lollapalooza e no Coachella. Isso tornou a sequencia – Beneath the Skin (lançado em junho) – um dos álbuns mais esperados de 2015. Foi tudo um pouco inesperado para o guitarrista Brynjar Leifsson, com quem nós conversamos antes da banda tocar um show recentemente no Masonic Temple em Detroit. Nesta entrevista, ele se abre sobre a ascensão à fama do Of Monsters and Men e como isso impactou o segundo álbum.
Diffuser: Houve algum objetivo enquanto gravavam Beneath the Skin para diferenciar de My Head Is An Animal? Brynjar: Nós meio que tivemos a mesma ideia enquanto gravávamos: simplesmente ir ao estúdio e fazer ao vivo. Isso foi a base das sessões de gravação. Todos vamos pro estúdio e tocamos juntos, então adicionamos as faixas a isso. Foi uma grande diferença, com nosso primeiro álbum, gravamos as bases em um fim de semana. Estávamos trabalhando em um estúdio que tinha sido agendado por outro artista, então tínhamos que ir pra lá no turno da noite. Nós estávamos pagando do próprio bolso. Agora temos uma gravadora e podemos passar mais tempo no estúdio e dar mais atenção aos detalhes. Não sei se isso é bom ou ruim, mas todos nós amamos o resultado. Diffuser: É bom ter um orçamento. Brynjar: E também é bom que você não tem que ter outro emprego e fazer isso como um hobby, como as pessoas geralmente pensam. É realmente ótimo estar focado apenas nisso. Eu acho que foi a maior diferença. Todos nós estávamos focados apenas nisso ao invés de ter outro emprego e ir para o estúdio apenas nas folgas. Diffuser: O sucesso de My Head Is An Animal tornou a gravação do segundo álbum mais estressante? Brynjar: Eu não sei. Nós tentamos não pensar na pressão porque as pessoas dizem que o segundo álbum é feito ou pra te consolidar ou te derrubar. Nós meio que ignoramos isso e estávamos sempre no nosso próprio mundo. Nós estávamos só focados no que nós estávamos fazendo e simplesmente gravamos as canções. Nós escutamos a nossa própria intuição. Diffuser: O que passava pela sua cabeça a primeira vez que tocaram as novas canções ao vivo? Brynjar: Eu pensei, "Puta merda, eu espero estar tocando corretamente." Tem muitas músicas que não dá pra tocar todos juntos e quando você vai ao vivo, você precisa encontrar o meio-termo onde tudo se encaixa. Diffuser: Há muitos elementos envolvidos no Of Monsters and Men incluindo os instrumentos de sopro. Como vocês determinam quando já há camadas suficientes em suas músicas? Brynjar: Eu acho que às vezes você precisa ir o mais longe possível numa estrada para perceber que não precisava ir tão longe. Uma das canções do álbum nós não terminamos até horas antes de voltarmos pra Islândia de novo. Nós estávamos terminando o álbum em Los Angeles e houve algumas decisões tipo, "É, talvez deveríamos cortar isso." às vezes você tem que empilhar tudo e depois derrubar, e então você terá uma boa canção. Diffuser: Por que vocês decidiram gravar Beneath the Skin na Islândia e em Los Angeles? Brynjar: Nós gravaríamos tudo na Islândia e somente mixaríamos em Los Angeles. Nosso produtor disse que poderíamos ir logo para LA e gravar os últimos overdubs. Foi uma experiência muito divertida e muitas coisas boas vieram disso. Nós estávamos realmente felizes com esta decisão. Diffuser: Vocês lançam videoclipes muito divertidos. Mesmo os seus lyric videos têm uma estória a contar. Todas essa ideias vêm da banda ou vocês consultam algum criador de conteúdo? Brynjar: Ambos. Nós tivemos essa reunião onde estávamos falando sobre fazer lyric videos e nós dissemos que não queríamos que eles fossem chatos somente com as letras aparecendo em imagens aleatórias. Nós queríamos fazer algo divertido onde as pessoas realmente apreciariam e não somente pensariam neles como lyric videos. Diffuser: Vocês se acostumaram com fãs dizendo o quanto as suas canções impactaram a vida deles? Brynjar: Não, eu não acho que você se acostuma com isso. Todos nós somos de cidades pequenas na Islândia. Nós nunca pensamos que sairíamos pelo mundo e as pessoas ficariam nos dizendo que algo que fizemos mudaram a vida deles, porque nós nunca conhecemos essas pessoas antes. Eu acho que é algo lindo e é uma boa sensação quando alguém te diz isso. Via: Diffuser.fm
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