Of Monsters and Men fala sobre o novo álbum e futura inspiração em Tolkien
- omambr
- 17 de ago. de 2015
- 4 min de leitura
Os folks islandeses do Of Monters and Men retornaram com seu segundo álbum, 'Beneath the Skin', sucessor do grande sucesso de 2011 'My Head Is An Animal'. Porém o grupo que é frequentemente classificado junto com outros rivais do folk como Mumford & Sons e The Lumineers, escolheram não reutilizar a fórmula vencedora que fez de "Little Talks" e "Mountain Sound" grandes hits nas rádios alternativas.
"É difícil fazer um segundo álbum — como eu já fiz isso tantas vezes e tenho todas as respostas," a vocalista do grupo, Nanna Hilmarsdóttir disse quando entrou em contato com o EW. "As pessoas se assustaram quando eu disse que queria fazer algo diferente." Ao Invés de replicar a sonoridade de My Head Is An Animal, O Of Monsters and Men recrutou Rich Costey, que trabalhou recentemente no estúdio com bandas indie proeminentes incluindo HAIM, Death Cab for Cutie, Jenny Lewis e Vampire Weekend. O produto final é um álbum que mantém a vibe "música-para-fogueira" da banda enquanto foca em seu apelo a estádios.
Hilmarsdóttir bateu um papo com O EW sobre seu amor por música soul clássica, viajando com a grande legião do Of Monsters and Men, e porque o próximo álbum do grupo pode ser influencidado por Tolkien.

ENTERTAINMENT WEEKLY: O último disco de vocês foi um grande hit. Como isso influenciou a composição e gravação de 'Beneath the Skin' NANNA HILMARSDÓTTIR: Foi a primeira vez em que estivemos fazendo um álbum, então nós não sabíamos nada sobre como fazer um. Tudo estava acontecendo insanamente rápido. Há uma certa inocência nisso provavelmente. Esse álbum de uma forma estranha é muito sobre nós e sobre o que fazemos, mas é como se fosse o oposto polar, porque agora estamos fazendo isso pela segunda vez. O outro álbum estava procurando lá fora e nós estávamos curiosos sobre o que tinha lá; para este é mais como se nós tivéssemos saído, explorado tudo, e agora nós só queremos voltar.
EW: Como você descreveria a nova direção que vocês tomaram em 'Beneath the Skin'? NANNA: Nós queríamos expandir e nos deixar animados. Você sempre fica animado quando está fazendo algo novo. É difícil fazer um segundo álbum — como eu já fiz isso tantas vezes e tenho todas as respostas [risos] — porque as pessoas se assustaram quando eu disse que queria fazer algo diferente. Todo mundo ficou tipo "Não, não, não, se acalme." Eu não quis dizer "Eu quero fazem um álbum de heavy metal" ou algo desse tipo. Era só sobre tentar encontrar um novo "sabor". Mas acho que nós conseguimos administrar de forma a deixar balanceado. Você percebe que somos nós, mas consegue escutar algo novo nisso.
EW: Vocês já disseram previamente que o nome "Of Monsters and Men" simplesmente veio até vocês e vocês ficaram com ele — mas soa como algo vindo direto de Game of Thrones ou As Crônicas de Nárnia. Vocês ainda acham que o nome se encaixa com a banda? NANNA: Eu acredito que sim. Nós nos referimos a monstros e homens constantemente. O último álbum foi muito sobre monstros. Agora é muito sobre homens, emoções humanas e essas coisas. Eu não sei o que nós faremos a seguir — talvez um álbum temático com os Ents [de Senhor dos Anéis] ou sei lá.
EW: De que modo você acha que 'Beneath the Skin' é mais humano? NANNA: É muito auto-focado. É como se você pegasse um foco e olhasse tudo em seu corpo. Nós falamos sobre o corpo e a pele. É muito físico, mas é também sobre o mental.
EW: Como o público americano se diferencia comparado ao europeu? NANNA: Onde quer que nós vamos há uma diferença nas pessoas. As pessoas na Europa são muito parecidas com as pessoas na Islândia. Eles geralmente não são loucas nem ficam dançando — eles ficam lá de pé, balançando a cabeça, escutando. Na América as pessoas ficam pulando e se divertindo. É muito divertido pra gente porque nós recebemos essa reação.
EW: O que está mudando da última turnê? NANNA: Nós teremos mais pessoa no palco. Nós costumávamos ser sete pessoas, cinco da banda e dois músicos de sessão. Agora nós seremos nove no palco. Ficará muito lotado, um grande bando. Será diferente.
EW: Viajar com um grupo tão grande deve ser desafiador. Como é viajar com seu bando? NANNA: Eu não conheço muitas pessoas que façam isso. Eu acho que sei porquê: é muito difícil financeiramente viajar com tantas pessoas. Há um ônibus e nós tivemos que pegar um segundo ônibus e tem que haver alguém encarregado de cuidar de todo mundo pra que as pessoas não se percam.
EW: Isso já foi algum problema, de alguém se perder? NANNA: Não, não na verdade! Mas tivemos momentos tipo, "Onde está essa pessoa?" Acontece. Eu fico feliz de não ser o tour manager.
EW: O que você estava escutando durante as sessões de Beneath the Skin? NANNA: Eu estava escutando várias coisas diferentes. Eu viciei em Nina Simone. Eu a adoro. Muita soul music — é muito misterioso mas ainda assim faz você se sentir bem. É estranho!
Via: Entertainment Weekly
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