A segunda página do Of Monsters and Men
- omambr
- 17 de abr. de 2015
- 3 min de leitura
Of Monsters and Men sobre seu "inconfortavelmente aberto" novo disco: 'Exige uma reação'
A cantora Nanna Bryndis Hilmarsdottir explica o porquê que banda decidiu seguir 'My Head Is An Animal' de 2012 com seu "oposto polar"

"Eu acho que algumas pessoas vão amar e outras vão odiar," diz Nanna Bryndis Hilmarsdóttir, a vocalista do Of Monsters and Men. Ela está falando sobre "Thousand Eyes," uma de suas canções favoritas no novo disco da banda islandesa, Beneath the Skin, uma mudança abrupta dos refrões pós-Mumford & Sons e o apelo folk por companheirismo que definiu o debut deles em 2012, My Head Is an Animal.
Agora, um pulso de bateria ameaçador e zumbidos de guitarra substituíram as cantorias eufóricas, e ninguém grita "Hey!" em uníssono. "Requer uma reação," ela diz, completando que os dois discos da banda são "como preto e branco – eles são opostos polares"
Depois de vários anos de turnê constante, Of Monsters and Men começou a gravar Beneath the Skin em casa na Islândia no final do ano passado. Como o título sugere, Hilmarsdóttir queria que as canções fossem o mais indefesas e honestas possível. "Nesse álbum, nós estávamos explorando, e é mais pessoal," ela diz. "Nós aceitamos que seria desconfortável, mas estamos OK com isso. Nós iremos até o fim. Nós iremos cavar até o fundo."
Isso não fica mais evidente do que no single "Crystals." "Cover your crystal eyes, and feel the tones that tremble down your spine," ["Cubra seus olhos cristalinos, e sinta as cores que estremecem sua espinha"] o grupo canta se rendendo a sua própria vulnerabilidade antes de por fim a abraçar. Então Hilmarsdóttir chega, estremecendo, declarando a missão: "I'm Ok in see-through skin." ["Comigo está tudo bem em ver através da pele."]
"Essa música resume o álbum, de certa forma," ela explica agora. "Liricamente, é só sobre se abrir. Se abrir completamente, inconfortavelmente, como um livro aberto."
"Crystals" é uma das várias canções que começaram a se formar enquando a banda estava na estrada, algo novo para o grupo. "Passou por várias fases," Hilmarsdottir diz. "A ideia original não se parece em nada com o que acabou se tornando. A ponte era um pré-refrão, e o refrão ainda nem estava lá. Nós estávamos sempre tentando descobrir algum [refrão].
Como a nova sonoridade da banda pode sugerir, a playlist do ônibus de turnê da vocalista incluiu álbuns recentes desde Björk a Grimes. "Há várias mulheres fazendo músicas maravilhosas agora," ela se entusiasma. "Sendo eu mesma uma mulher, Eu me encontro sendo inspirada por outras mulheres fazendo música, então é isso o que eu tenho escutado. Eu tenho escutado mulheres."
Desde 2011, o Of Monsters and Men tem excursionado praticamente sem parar em suporte de My Head Is an Animal, que atingiu o Top 20 em quase uma dúzia de países. Mas quando chegou a hora de começar a pensar em gravar uma sequência, a banda sabia que precisava dar um passo para trás de sua agitada agenda. "Em um ponto, nós só meio que dissemos que precisávamos refletir sobre as coisas e pensar sobre onde toda essa jornada havia nos levado," Hilmarsdóttir diz.
"Com o primeiro disco, não havia realmente limite de tempo. Desta vez, nós tivemos esta certa quantidade de tempo que tínhamos para finalizar o álbum, com prazo de entrega e tudo mais. [Do contrário] nós poderíamos ficar gravando pra sempre. Sempre há alguma coisa que nós queremos fazer a mais ou pensar melhor sobre, então acho que de certo ponto de vista, é bom nos dar um limite."
Retornando ao estúdio, o Of Monsters and Men aprendeu não somente como trabalhar com limites mas como exercer a uma limitação sonora. No novo registro, canções leves como "Organs" exibem um senso de intimidade recém-encontrado, algo que nem sempre vem naturalmente para o quinteto, especialmente quando sua banda ao vivo se expande para nove. "Nós temos essa energia quando estamos todos juntos onde sempre queremos deixar sempre dessa maneira," Hilmarsdóttir diz. "Mas eu sou uma merda com momentos quietos. Nós tivemos que nos conter com 'Organs'. Era tipo 'Vamos aumentar!' e eu, 'Não, não, não, se acalmem!'"
Essas pequenas discussões se provam essenciais para o processo da banda de se redescobrir. A menos de dois meses do lançamento de Beneath the Skin, em 9 de junho, a vocalista está satisfeita com o resultado. "Nós cavaremos profundamrnte," ela diz sobre a experiência de gravar o álbum. "Foi estranho, mas foi ótimo."
Via: rollingstone.com
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