Vocalista do Of Monsters and Men fala sobre o ressurgimento da folk music e as mais estranhas intera
- omambr
- 6 de fev. de 2014
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Para o grupo pop islandês Of Monsters and Men, que foi formado pouco antes de ganhar a batalha anual de música Musiktilraunir de Reikjavik em 2010, o sucesso tem sido quase instantâneo. "Eu acho que tem algo no nosso som que está funcionando agora", diz a vocalista Nanna Brynndis Hilmarsdottir, de 24 anos. Dois maiores contribuintes: o ressurgimento do folk e a Internet, que em 2010 enviou uma sessão ao vivo de uma sala para a estratosfera viral. Aquele vídeo do hit "Little Talks" acumulou 7,5 milhões de visualizações e ajudou a impulsionar o Of Monsters and Men a aclamação internacional, incluindo um acordo com a Republic. Foi um longo caminho desde o primeiro show deles nos EUA: em uma loja de bicicletas durante o South By Southwest. Ainda que o álbum ainda estivesse para ser lançado "as pessoas estavam cantando junto", relembra Hilmarsdottir. O álbum de estreia deles, My Head Is An Animal, desde então se tornou platina, em parte graças a 18 meses de turnê intensa. A banda consolidou ainda mais seu apelo ao mainstream com um lugar na trilha sonora de The Hunger Games - Catching Fire. Hilmarsdottir e seus companheiros, contudo, já estão avançando. "Eu acho que [o próximo álbum] vai ser diferente", ela diz. "Muita coisa aconteceu nos últimos anos, e estamos em um lugar totalmente diferente." - Como é a sensação de ter seu álbum de estreia alcançando disco de platina? "É algo maravilhoso. Foi uma boa forma de começar o ano, recebendo essa notícia." - Você e seus companheiros estão juntos há um pouco mais de três anos. Por que você acha que sua música transcendeu fronteiras e alcançou reconhecimento internacional? "Já nos perguntaram essa pergunta algumas vezes. Eu nunca soube a resposta. Eu sinto que eu deveria ter essa fórmula, como isso é o que você faz e vai ficar bem, mas eu não tenho a menor ideia. Às vezes as coisas simplesmente dão certo. Eu acho que tem algo no nosso som que está funcionando agora e as pessoas gostam, o que é uma ótima coisa para nós. Nós fizemos turnê como malucos e tem sido muito trabalho duro e nós todos fomos bastante dedicados. Eu acho que é um tipo de som que as pessoas estão abertas a escutar agora -- e trabalho duro." - Você considera o ressurgimento do folk um fator importante do porque das canções do grupo têm sido capazes de ganhar um apoio? "Sim, definitivamente. Há esse momento da música folk que está acontecendo agora e é o mesmo com música eletrônica. Há uma grande cena para isso, então claro que quando você tem o que estão fazendo, isso se torna algo. As pessoas podem gostar de uma banda que está fazendo algo similar, o mesmo gênero, é meio contagioso." - Por quanto tempo vocês fizeram turnê com My Head Is An Animal? "Nós estivemos em turnê por 18 meses. Foi a coisa mais divertida que eu fiz na minha vida. Eu realmente, realmente me diverti. Agora estamos de volta em casa e quietos e é ótimo porque eu acho que realmente precisávamos disso. Ao mesmo tempo eu tô meio, 'eu mal posso esperar pra voltar'." - Você encontrou as pessoas respondendo à sua música de forma diferente conforme você fazia turnê ao redor do mundo? "Foi definitivamente estranho ir a todos estes lugares e ver a reação. Em alguns lugares, nós receberíamos essa resposta esmagadora e ficaríamos como 'Wow, o que tá acontecendo aqui?' Com nosso tipo de música nós tentamos fazer as pessoas se envolverem e tentamos fazer eles cantarem juntos e bater palmas, quando as pessoas respondem é ótimo. Nós encontramos isso em países realmente quentes onde estavam muitos dispostos a enlouquecer, e nos países frios, como de onde nós somos, as pessoas eram mais 'Espera, nós não nos conhecemos direito. Espere um minuto, eu não vou dançar'." - Por causa da Internet, sua música está disponível para todo mundo. Isso ajudou vocês a atingirem partes diferentes do mundo mais rápido do que você esperava? "Imediatamente quando nós começamos, as coisas aconteceram realmente rápido para nós. Quando fizemos esse álbum, de repente pessoas que não eram da Islândia ouviram falar sobre nós. Seria como se alguém estivesse viajando à Islândia e gravado um show ou algo assim e de repente as pessoas estão como 'Oh!' Eles estavam entendendo. Foi algo importante para nós porque não tínhamos dinheiro pra sair da Islândia. Não era possível para nós, tínhamos muitos membros também. Mas com a internet, as pessoas poderiam ver nossa música e ouvir sobre nós e ouvir nossa música sem termos que ir lá. Isso definitivamente desempenhou um grande papel da razão por qual nós começamos a fazer turnês e assinar com uma gravadora e todas as outras coisas que vieram depois." - Qual foi o país mais estranho que você já ouviu suas canções? "Eu estava em um supermercado numa cidade pequena nos Estados Unidos e de repente uma das nossas canções tocou -- não foi nem mesmo nosso maior hit Little Talks, foi From Finner, eu acho. Eu fiquei 'Oh, legal'. Então eu fui ao caixa e estava pagando minhas coisas e o cara olha pra mim e disse 'É você?' e eu fiquei 'Eu acho que sim, eu acho que sou eu'. Ele era apenas um cara que gostava da nossa música, por isso ele estava tocando ela na loja. Aquilo foi super legal." - Quando você está em uma nova cidade quando está em turnê, quanto tempo você tem para visitar os pontos turísticos? "Às vezes eu realmente quero ver as coisas, e outras vezes, não há absolutamente tempo pra fazer isso, mas eu tento ver as coisas. Nós fomos à Paris três vezes, mas eu nunca vi a Torre Eiffel, são coisas assim algumas vezes." - Você tem um hotel preferido? "O primeiro que veio na minha cabeça foi na primeira vez que estivemos em New York, nós ficamos em um realmente famoso [Hotel Chelsea]. Todos nós tivemos que ficar no mesmo quarto e foi divertido. O hotel definitivamente tinha uma vibe estranha que eu achei divertida." - Como você descobre novos artistas quando está na estrada? "Quando estamos fazendo festivais durante o verão eu ouço sobre um novo artista chegando e eles vão tocar no festival com a gente. Na Islândia começou a mudar um pouco. Nós temos muito mais pessoas vindo para os shows agora mas não é igual a quando estamos na estrada e temos a chance de ver todas essas bandas, então é como descobrimos novas músicas." - Tem algum novo artista que você descobriu tocando junto em festivais de verão? "Grimes. Eu realmente gosto. Eu pude vê-la duas vezes e ambas as experiências foram bem diferentes. Uma foi durante o dia e a outra foi quando as pessoas estavam realmente bêbadas e foi legal ver os dois lados. E HAIM, nós já vimos algumas vezes."
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